14º Encontro
Comunitário de Saúde Mental compartilha histórias e desperta sentimentos
Criadora do
Museu da Pessoa, Karen Worcman, é uma das convidadas especiais
Marília Hormanez e Néliane Simioni
Emoção. Essa é a
palavra que definiu o 14º Encontro Comunitário de Saúde Mental, realizado no
dia 19 de novembro de 2011, no Espaço Cultural Capela, na USP de Ribeirão
Preto. Promovido pelo Hospital Dia e pelo Centro de Psicologia Aplicada da USP,
o evento proporcionou reflexões sobre o tema “Descobertas Preciosas: Pessoas e
Acontecimentos”.
Para isso, foram
compartilhados principalmente histórias, poesia e música. As narrações
mostraram o trabalho realizado durante todo o ano pelos Grupos Comunitários de
Saúde Mental do Hospital Dia e da Vila Tibério, e foi além. Permitiu que os
participantes se descobrissem através do outro, compartilhando um momento também
precioso.
Uma das convidadas
especiais do encontro foi Karen Worcman, historiadora de formação e criadora do
Museu da Pessoa, um museu virtual aberto a todos que desejam deixar sua
biografia registrada. Atualmente composto por quatro núcleos, Brasil, Canadá,
Estados Unidos e Portugal, o Museu conta com um acervo de histórias de vida de
cidadãos comuns e busca construir uma rede internacional de história.
No evento, Karen contou
que percebeu o quanto é possível aprender com as histórias de vida das pessoas
e a importância que isso tinha para as mesmas quando era estudante de História,
no Rio de Janeiro. Na época, participava de um projeto onde eram realizadas
entrevistas com imigrantes judeus. Segundo ela, assim surgiu a ideia do Museu
da Pessoa.
Para relatar um pouco
mais dessa experiência, Karen concedeu uma entrevista coordenada pela
professora e coordenadora do 14º Encontro Comunitário de Saúde Mental, Sônia
Regina Loureiro, onde dividiu com os participantes do evento as vivências que
teve com o Museu da Pessoa.
Emocionada, a
historiadora mostrou-se impactada ao ver a história fazendo sentido para as
pessoas que acompanharam o evento, entre elas estudantes, médicos, voluntários
e freqüentadores dos Grupos Comunitários de Saúde Mental. Para Karen, ouvir as
vivências do outro é uma das formas mais poderosas de aprender, especialmente
porque cada pessoa tem algo de precioso em seu caminho que, muitas vezes, só se
torna evidente quando o outro é capaz de ouvir. Sem dúvida, essa é a principal
semelhança entre o Museu da Pessoa e os Grupos Comunitários.
0 comentários:
Postar um comentário