Grupo Comunitário do dia 07 de Fevereiro de 2012


Grupo Comunitário do dia 7 de fevereiro

Grupo Comunitário de Saúde Mental● terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

 

“Alguém que vi de passagem, lembrou o sorriso que eu tinha”. Citando essa frase o coordenador abre o grupo, convidando para um encontro atencioso com quem está ali presente.

Após conversar com uma ou duas pessoas que escolhemos voltamos para a segunda parte da atividade onde poesias, textos, músicas, algo que tenha tocado a qualquer um durante a semana pode ser compartilhado. A primeira contribuição vem de uma estudante que lê a todos um texto que utiliza nos momentos em que se percebe reclamando muito de uma situação. Segundo ela, o texto a ajuda a aceitar o desafio que está vivendo e a impulsiona para lutar. Uma de suas partes fala: Embora não possa fazer um novo começo, posso fazer um novo fim”.

Em sintonia a próxima contribuição, outro texto vem nos dizer coisa semelhante: “Não basta reclamar. Do choro à luta!”. As participações são numerosas, entre elas, uma senhora traz um texto de um jornal antigo do seu bairro que já está até amarelado e divide a descoberta de ter se encontrado naquele pedaço de papel: “Isso aqui, fala sobre mim, eu sou assim”. O texto fala da importância de cuidarmos de nós mesmos, do nosso jardim interior,“Para conservar o jardim, tem que tirar as coisas ruins e ir pra frente”, ela completa.
Dando seguimento as atividades do grupo, passamos para a segunda parte onde somos convidados a prestar atenção ao que tem acontecido nas nossas vidas. O coordenador do grupo conta a experiência de ler um livro com seu filho e as descobertas que os dois puderam fazer juntos. Conclui que “a vida não pode ser uma resolução de problemas” e que o ponto de partida, o que nos motiva, não deve ser uma lista de afazeres.


Uma senhora conta sobre o que ela chama de “lição de esperança”, após um mês e meio cuidando de uma jabuticabeira que parecia totalmente seca, depois de esquecida no sol, ela pôde ver um broto bem miudinho nascendo e disso ela conclui: Se dermos as condições favoráveis, a vida funciona. A gente faz burrada, mas se a gente voltar e continuar a coisa vinga”. Outra participante fala de sua experiência no final de semana ao sair com pessoas desconhecidas que acabaram por encantá-la. Ela comenta: “É como aquela senhora falou, se você dá as condições as coisas podem acontecer”.

Uma participante compartilha que sua filha pequena fez arroz pela primeira vez, logo após vê-la “reagindo, decidindo fazer alguma coisa”.“Isso pode parecer bobeira pra vocês, mas eu queria falar porque pra mim foi muito importante”. Outra mãe presente no grupo, nos fala de quando sua filha, também muito nova, quis ajudá-la a lavar a louça e descreve a cena com detalhes, risos e emoção.

O encontro termina com a fala do coordenador: “O que as pessoas estão nos relatando aqui, nos mostrando, é que podemos nos surpreender com a capacidade que brota. A vida acontece dentro das coisas mais simples, surpreende e comove.”

Marília Hormanez

 No grupo de hoje foram relatados pequenos GRANDES acontecimentos do dia-a-dia que me mostraram como é estar atento a vida e quando ela realmente esta acontecendo.

Enquanto algumas pessoas falavam o grupo adquiria vida... Podia me sentir REvivendo e REexperimentando junto com os narradores os seus relatos. A emoção do encontro real com a própria realidade diária estava ali... presente entre a gente, sendo vivida por nós... Era palpável a emoção... nos sorrisos, nos olhos que tantas vezes se encheram de lágrimas, nas trocas de olhares...

Ali a VIDA, para mim, estava ACONTECENDO.

Vou descrever como chegaram para mim alguns dos relatos e espero que vocês possam se encantar também.

Lição de esperança:

´´Eu tenho vários bonsais que cuido com muito cuidado, eles são delicados...

Um dia eu pensei... não vou aguá-los hoje!

No dia seguinte quando fui cuidar das plantas, todas estavam vivas e lindas até que olho no canto e para minha tristeza uma jabuticabeira estava seca... Corri para tentar socorrê-la lhe dando água, cuidado e carinho... conversei muito com ela...

Mas nada ela continuou seca, esturricada!

Todos os dias quando aguava as outras plantas passava por ela e colocava água e conversava com ela...

Assim se foi por muitos dias...

Até que um dia quando fui repetir os cuidados diários às plantas... Eu vi algo que fez meus olhos se encherem de lágrimas...

... Era um broto verdinho, novinho nascendo da jabuticabeira velha e seca!

E pensei... “quando você oferece condições favoráveis a vida floresce”








Seguiu-se a história da menina que queria ajudar:

“Eu estava na cozinha lavando louça e minha filha de 3 anos me puxou e falou”

“Mãe eu quero te ajudar...”

“Então ela subiu em uma cadeira e começou a lavar a louça... do jeito dela...e eu deixei

Quando ela pegou um prato eu olhei para meu marido, que estava comigo observando, e falei AI... espantada e divertida”

“Mas ela deu conta do jeito dela e quando terminou saiu correndo toda molhada. Fui até ela e agradeci sua ajuda. Ela olhou para mim e disse”

“Terminei tudinho mais me molei toda”

Isso é a vida ACONTECENDO no dia-a-dia!!!!!

Maria Fernanda F. Diniz

 

 Hoje meu despertador tocou às sete e meia... Levantei cansada, ainda sonolenta e fui para o meu primeiro Grupo Comunitário de 2012. Chegando lá, dei uma leve despertada ao encontrar pessoas que há meses não via e me sentir bem recebida por elas. E por falar em encontrar, o grupo começa exatamente com essa palavra. Nosso coordenador fala sobre estar ali pra nos encontrarmos verdadeiramente uns com os outros e com nós mesmos. Nesse momento dei mais uma despertadinha...Pensei, como é bom estar aqui e ter o privilégio de ouvir alguém que fala sobre um encontro verdadeiro e o poder que só esses encontros têm.

Foi então proposto nosso tema de 2012: A Vida acontecendo. Na hora esse tema me pareceu um pouco distante, mas rapidamente o grupo se encarregou de deixar tudo muito claro... Uma participante relatou emocionada a história de sua jabuticabeira já seca e sem vida, mas que ao ser incansavelmente regada, meses depois deu um pequeno brotinho: “eu chorei ao ver aquele brotinho tão pequenininho”.

Finalmente despertei de verdade... Despertei pra VIDA que acontece à minha volta todos os dias, o tempo todo... Pra mim, isso é o Grupo Comunitário, um espaço único onde através de verdadeiros encontros aprendemos a viver de verdade.

Josiane Caetano Fontes

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                                                             Ouça a música referida no primeiro texto.


 



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